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Audiência Pública confirma projeto de pedágio na Mogi-Dutra e duplicação de trecho da Mogi-Bertioga

A rodovia Mogi-Bertioga (SP 098) não será duplicada em toda a extensão, conforme proposta apresentada ontem pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), durante a primeira audiência pública do pacote de concessão das vias do litoral paulista. O projeto confirma a cobrança de pedágio na rodovia Mogi-Dutra (SP 088), e a duplicação de apenas 7,8 quilômetros de vias em Mogi das Cruzes que integram o caminho para o litoral, além de outras medidas como passarela e viaduto, como alternativas para diminuir as paradas e, consequentemente, o tempo de descida para quem segue no sentido litoral.

A cobrança do pedágio foi um dos principais pontos rejeitados pela população. Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp, explicou que foi realizado um estudo com a intenção de deixar a tarifa mais adequada possível, por isso foi retirada a proposta de a cobrança ocorrer na Mogi-Bertioga e transferida para a Mogi-Dutra.

“Às vezes a gente recebe crítica sobre a quantidade de praça de pedágio e cobrança, então por isso um estudo determina o melhor dentro da modelagem como um todo”, explicou. A cobrança do pedágio deve iniciar a partir do segundo ano de contrato, se algumas contrapartidas forem atendidas, na altura do km 45, próximo a Casa do Queijo.

Pengue Filho disse ainda que a cobrança será diferenciada ao usuário frequente, aos finais de semana, por trecho de utilização e com 5% de desconto no pagamento eletrônico. A expectativa é gerar R$ 700 milhões em Imposto Sobre Serviço (ISS) para as cidades da região, bem como 600 novos empregos diretos.

Ele detalhou quais são essas contrapartidas que devem ser feitas pela concessionária, a partir do segundo ano de contrato com a expectativa de finalizar em até cinco ou seis anos. A partir da Mogi-Dutra, em Arujá, será melhorado o acesso à rodovia Presidente Dutra, que hoje é feito via rotatória.

“Já no trecho de Mogi, a ideia é pegar na Estrada do Evangelho Pleno (Estrada do Pavan) e a Rota do Sol e separar o que é o trânsito local e o rodoviário, porque hoje a cidade convive com o congestionamento e semáforo. Quem está no município vai conseguir andar normal, mas já quem vem para Bertioga vai conseguir andar direto, quase como se fosse uma rodovia. Isso não envolve desapropriação, apenas a retirada de semáforo”, destacou.

Na Estrada do Pavan, 1,4 quilômetro será duplicado. Já na chegada ao trecho de serra, logo após a via ficar com faixa única, em Biritiba Ussu, será construída mais uma faixa em 6,4 quilômetros. Esses serão os dois trechos que passarão por duplicação.

 Depois disso, será implantado o modelo de multivias, com 22,3 quilômetros de acostamento, entre Biritiba Mirim e Bertioga. O esquema de trânsito em dias de maior movimento será reestruturado de modo que permita a alteração de acordo com a demanda, podendo utilizar duas para a descida ao litoral ou duas para a subida.

“Na serra, a ideia é a de que tenha acostamento dos dois lados, para que possa trabalhar parecido com a Tamoios. A ideia é ter essa flexibilidade para atender o usuário. A ponte do rio Guacá nós vamos eliminar o cotovelo, fazendo uma nova ponte. Para manter a via segura, vamos ter ainda rampas de escape e iluminar em todo o trecho de serra. A gente consegue nessas alterações levar uma segurança melhor ao usuário”, garantiu o diretor.

Em relação à série de deslizamentos na SP 098, que iniciaram a partir de fevereiro de 2018 e levou o Departamento de Estradas de Rodagem a construir oito muros de concreto para conter a instabilidade do talude, o diretor da Artesp disse que a situação da via já está sendo mapeada e o concessionário será responsável pela manutenção devida. “Tivemos caso no passado de o estado ter problemas com os recursos e demorar para liberar a serra. Então a gente vai ter uma agilidade maior garantindo essa manutenção no contrato”, disse.

O secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Claudio de Faria Rodrigues, participou da audiência pública e lembrou que o projeto de duplicação da Estrada do Pavan é uma demanda antiga da cidade. “Foi identificado que o estado pretende fazer uma obra de arte com diversas transposições na Rota do Sol”, avaliou

Já o titular da pasta de Transporte, José Luiz Freire de Almeida, destacou que o trecho de Braz Cubas, que envolve a avenida Japão é crítico, mas que as transposições devem ser alternativas para melhorar a mobilidade. “A gente viu essa questão da transposição que vai proporcionar atravessar a cidade sem necessidade de parada, vai melhorar a cidade naquele trecho”, avaliou.

O presidente da comissão da Mogi-Bertioga na Câmara Municipal, vereador Jean Lopes (PCdoB), voltou a reclamar da cobrança de pedágio. “Que melhorias são essas? Sendo que não vai haver a duplicação? Vai continuar caindo terra, e barreira. É muito complicado falar em pedágio”, ressaltou.

São 13 municípios abrangidos pelo pacote: Arujá, Biritiba Mirim, Bertioga, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Miracatu, Pedro de Toledo, Itatiti, Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Santos.

Até o dia 25 de outubro, a Artesp realizará audiências públicas em Bertioga, Itanhaém e São Paulo. Entre os dias 25 e outubro e 25 de novembro, a proposta ficará disponível para consulta pública e sugestões no site da Artesp.

 

Fonte: O Diário

Foto: Divulgação

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