Frete até mais caro para algumas regiões é empecilho para compras on-line
Em tempos de pandemia e isolamento social, o consumidor está cada vez mais dependente das compras na internet e, por consequência, do preço do frete para entrega de produtos.
Mas o endereço do comprador pode se tornar um fardo financeiro na hora de fechar negócio. De acordo com um levantamento da plataforma de promoções Promobit, o preço de frete pode ficar 10 vezes mais caro a depender do destino da mercadoria.
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A disparidade costuma ser mais comum em compras de produtos em que houve aumento de procura durante a pandemia, como das categorias de higiene, limpeza e itens para bebê.
Numa das simulações, um fardo de fraldas descartáveis com 240 unidades seria entregue em São Paulo por menos de R$ 10, em até 5 dias úteis. Quando o endereço foi modificado para Fortaleza, o prazo para a entrega dobrou e o preço do frete se multiplicou para R$ 100.
Em outro exemplo, o vendedor cobrou R$ 15 para despachar uma caixa com quatro latas de fórmula para crianças em São Paulo e R$ 49 para enviar os produtos para o Pará.
Esse tipo de oscilação faz com que promoções e compras se tornem desinteressantes para alguns consumidores. Além de causar certo nível de frustração, a prática também onera o orçamento.
“Grande parte das lojas tem centro de distribuição na região Sudeste, porque o número de vendas nessa localidade geralmente é maior. Por isso, normalmente, nas regiões Sul e Sudeste o frete é mais barato do que no Norte e Nordeste”, afirma Fabio Carneiro, co-fundador do Promobit. “Mas não é uma regra. Atualmente, muitas lojas conseguem ter tabelas de preço de frete bem próximas para todas as regiões.”
Alguns vendedores condicionam o frete grátis para regiões como Norte e Nordeste a um valor mínimo de compra.
Por outro lado, Carneiro pontua que, em outras categorias, como de eletrônicos ou produtos de maior valor, é mais fácil de encontrar o “frete grátis” para todas as regiões.
“O frete grátis para todo o Brasil existe e isso vai depender também da estratégia do lojista. E-commerces que têm vários centros de distribuição espalhados pelo território brasileiro não são tão afetados por essa questão”, diz.
Fonte: Valor Investe
Foto: Divulgação
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