Grupo VW apura lucro operacional 10% maior no semestre
O Grupo Volkswagen reportou lucro operacional 10,3% maior no primeiro semestre, informa em comunicado divulgado na quinta-feira, 25. Os ganhos atingiram € 8,9 bilhões contra os € 8,2 bi registrados em mesmo período do ano passado. O retorno operacional das vendas subiu de 6,8% para 7,2% na mesma base de comparação. O faturamento subiu 4,9%, para € 125,1 bilhões, apesar das vendas globais terem recuado 2,8% no período, chegando a 5,4 milhões de veículos entregues, considerando leves e pesados.
Segundo a companhia, a receita de vendas foi impulsionada pela melhoria do mix dos produtos, pela política de reposicionamento de preços no segmento de automóveis e também pelo bom desempenho dos negócios na divisão de serviços financeiros e do Grupo Traton, que agrega as marcas de veículos comerciais pesados Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO), MAN e Scania.
O lucro operacional antes de itens especiais melhorou em 1,9% para € 10 bilhões sobre os € 9,8 bi de um ano antes. Neste caso, além do mix e política de preços, custos adicionais, como os recursos destinados à questão do dieselgate, foram menores nesta primeira metade do ano, sendo a soma desses fatores mais que suficientes para compensar os custos fixos mais altos, além da desvalorização cambial, que aqui também se aplica, e as vendas mais baixas já mencionadas.
Itens especiais, como é chamado o custo total com pagamentos relacionados ao escândalo do dieselgate, diminuiu neste primeiro semestre ao somar € 981 milhões. Há um ano, esse valor era de € 1,6 bi.
“No primeiro semestre do ano, o Grupo Volkswagen teve um desempenho muito bom em um mercado que em geral está mais fraco. O desenvolvimento da receita de vendas e lucro nos primeiros seis meses é gratificante. Também confirmamos nossas perspectivas para o ano”, disse em nota o membro do conselho e responsável pelas finanças, Frank Witter.
O executivo reforçou que o Grupo espera que as vendas globais de 2019 fiquem levemente acima do volume de 2018, que foi de 10,8 milhões de unidades, o que também foi um crescimento pequeno ante o ano anterior, de 0,9%. Em termos de receita, a companhia estima crescimento, mas não acima dos 5%.
RESUMO DAS MARCAS

Entre as principais marcas do grupo, a receita da marca Volkswagen aumentou 3,4% em relação ao primeiro semestre do ano anterior, para € 44,1 bilhões, enquanto o lucro operacional (antes de itens especiais) subiu 9,5%, para € 2,3 bilhões.
Na Audi houve um declínio de 7,8% da receita de vendas ao somar € 28,8 bilhões. Com isso, o lucro operacional diminuiu 17,8%, para € 2,3 bilhões (mesmo valor da marca Volkswagen). Desenvolvimento de modelos, menores volumes de vendas relacionados à nova lei de medição de emissões WLTP na Europa, bem como maior gasto inicial com novos produtos e tecnologias são citados como motivos para o desempenho menor da marca, além de custos fixos e efeitos de taxas de câmbio, embora o mix de produtos tenha diminuído o impacto negativo.
Por sua vez, a Porsche aumentou a receita em 9% ao contribuir com € 12,2 bilhões. Seu lucro operacional subiu 2,5%, para € 2,1 bilhões, graças ao aumento de vendas globais, embora as taxas de câmbio tenham impactado de forma negativa. No primeiro semestre, a Porsche foi multada em € 535 milhões no processo do dieselgate. O valor está incluso nos € 981 milhões reportados pelo grupo.
Na divisão de veículos comerciais, tanto a VWCO como a Scania e a MAN registraram crescimento do faturamento graças ao aumento das vendas das três marcas no primeiro semestre.
A receita da Volkswagen Caminhões e Ônibus subiu 2,6%, para € 6,5 bilhões e apesar dos volumes maiores, custos de produto mais baixos e margens melhoradas, o lucro operacional diminuiu 10,8%, para € 506 milhões, principalmente devido aos maiores custos fixos e de desenvolvimento, bem como à deterioração do mix de produtos.
A Scania elevou a receita em 12,7%, para € 7,1. O lucro operacional melhorou 34% ao atingir os € 828 milhões, resultado atribuído à alta das vendas, ao melhro resultado no negócio de peças e serviços, além de efeitos favoráveis do mix e de taxas de câmbio, que juntos compensaram o aumento de custos.
Já a MAN terminou o semestre com faturamento de € 6,3 bilhões, incremento de 8,6% no comparativo anual. Já o lucro operacional recuou 3,8% ao fechar em € 248 milhões: segundo o relatório, a alta das vendas e a margem compensaram as despesas de desenvolvimento para a nova geração de caminhões e ônibus, além do aumento de custos e efeitos negativos da taxa de câmbio.
Fonte: Automotive Business
Foto: Divulgação
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