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Justiça determina liberação da ponte na BR-317 entre Brasil e Peru

A 2ª Vara Federal Cível e Criminal da Seção Judiciária do Acre concedeu liminar para reintegração de posse da Ponte da Integração Brasil-Peru, ocupada por migrantes.

Há cerca de um mês, migrantes africanos e haitianos bloquearam a ponte, situada entre Assis Brasil (AC) e o município peruano de Inãpari. A intenção é pressionar a liberação das fronteiras terrestres do Peru, fechadas desde março do último ano devido à crise de Covid-19, para que possam abandonar o Brasil.

Justiça

A Advocacia-Geral da União argumentou que a impossibilidade de trânsito de veículos, pessoas e mercadorias pela ponte configuraria descumprimento de acordos aduaneiros. A retenção de caminhões na fronteira contribuiria também para o desabastecimento energético na Bolívia. Constatou-se ainda risco de saúde dos migrantes e da população local devido às aglomerações e falta de cuidados sanitários.

O juiz Herley da Luz Brasil ressaltou que a União vem buscando soluções para a situação, dialogando com os manifestantes e lhes fornecendo apoio logístico e financeiro. “É de se destacar e de se elogiar, ainda, os mecanismos dispostos pela União no plano para desocupação da ponte apresentado, direcionado primordialmente para a negociação e não uso da força”, completou.

O magistrado lembrou que o direito à manifestação pacífica é legítimo, porém há exceções em caso de abuso da garantia constitucional. Ele destacou que a União chegou a propor ações conciliatórias, mas nenhum acordo foi aceito.

“A livre manifestação perde seu caráter de lícita e legítima — até porque é impossível ao governo brasileiro atender ao pleito —, transborda da razoabilidade e proporcionalidade e passa a configurar, na realidade, indevida ocupação de bem público”, pontuou.

O juiz determinou a desocupação da ponte e autorizou o uso da força policial, inclusive para prisão dos migrantes que se recusarem a sair.

Iuri Marcondes Carvalho de Quadros, advogado da União, explica que a AGU teve de apresentar um plano de desocupação da ponte, que contemplava uma ação suave da Polícia Federal e ações de assistência aos migrantes:

“Esse plano prevê o recolhimento dos migrantes para os abrigos, tanto em Assis Brasil, como em cidades vizinhas; assistência de saúde nos abrigos; cadastramento para que se identifique de onde eles vieram e pra onde eles gostariam de ir, se gostariam de ser transportados a outra cidade brasileira; por fim, o transporte desses migrantes para as cidades em que tenham preferência de ficar estabelecidos”, expõe. Com informações da assessoria da AGU.

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PRF

Nesta segunda (08), intervenção do Governo Federal resultou na liberação da ponte que liga o Acre ao Peru. O local estava ocupado por cerca de 40 imigrantes de diversas nacionalidades que tentavam cruzar a fronteira rumo ao país vizinho. O espaço foi liberado no fim da tarde, de forma pacífica, e contou o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

As autoridades peruanas fecharam a passagem desde março de 2020 como medida sanitária diante da Covid-19. Além dos 40 que estavam acampados na ponte, há uma estimativa de participação de cerca de 400 imigrantes que chegaram a Assis Brasil, no Acre, desde 12 de fevereiro, na tentativa de atravessar para o país vizinho. Desde então, a PRF instalou um gabinete de gerenciamento de crise a fim de garantir a segurança e a mobilidade na ponte da integração.

Diante da negativa de deixar o local e dos riscos à saúde pública, inclusive relacionados ao novo coronavírus, e levando em conta que o bloqueio estava ocasionando desabastecimento de cidades vizinhas que utilizam a mesma ponte para o transporte de mercadorias, a PRF diuturnamente atuou nas negociações junto aos imigrantes.

Após a atuação do Governo Federal que resultou na liberação da ponte de forma negociada e com a prestação de assistência humanitária, a PRF segue monitorando o espaço e garantindo o trânsito, especialmente dos veículos de carga que formaram filas no território do Brasil e do Peru. Os PRFs continuam atuando ainda na garantia da segurança e da ordem no retorno de brasileiros e peruanos ao seu país de origem. Os estrangeiros seguiram para abrigos oferecidos pelo Poder Público.

 

Fontes: ConjurPRF

Foto: Divulgação

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