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Com mais de 300 ocorrências por ano, seminário em BH discute acidentes com produtos perigosos

Representantes da área de segurança ambiental, Corpo de Bombeiros, transportadores, poder público e setor privado se reúnem nesta quarta-feira em Belo Horizonte para a nona edição do Seminário de Emergência Ambiental. Além dos acidentes com cargas perigosas nas estradas, as barragens da mineração também serão tema da discussão que termina amanhã. O evento é realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos (CE P2R2 Minas). 

De acordo com a diretora de Prevenção e Emergência Ambiental da Semad, Wanderlene Ferreira Nacif, serão quatro painéis onde serão abordados temas como a gestão de risco em desastres com atuação da sociedade, empreendimento e poder público, gerenciamento de riscos e respostas às emergências ambientais e riscos tecnológicos ambientais. 

“A legislação que regula as questões do atendimento às ocorrências entrou em vigor para o transportador, contratante e embarcador agora em 28 de setembro. Nós aproveitamos esta oportunidade para também abordar esse tema no seminário”, explica. A partir da publicação do Decreto Estadual nº 47.629, que regulamentou a Lei 22.805 de 2017, os transportadores de produtos perigosos estão obrigados a manter um serviço de atendimento a emergências capaz de iniciar as primeiras ações até 2 horas após o acidente. A expectativa, segundo Wanderlene, é que a nova regra minimize o impacto das ocorrências no meio ambiente população. “Os transportadores, contratantes e embarcadores vão se adaptar à nova legislação para garantir que os atendimentos ocorram mais rapidamente, com maior eficiência, com pessoal treinado e capacitado”, analisa. 

Segundo um estudo da Semad divulgado no início deste ano, em 2018 Minas Gerais registrou 373 acidentes e emergências ambientais, sendo que 295 foram nas rodovias. Os mais comuns envolvem derramamento de combustível, tinta, amônia ou outros produtos. “Minas Gerais tem a particularidade de ter a malha viária passando aqui. Setenta por cento das ocorrências que atendemos são justamente com transporte rodoviário. Fora isso, ainda temos muitas barragens, que são os maiores acidentes nos últimos anos, infelizmente. Temos um cenário bastante propício para acidentes e a gente tem que estar preparado para dar uma resposta adequada, rápida e com segurança para a propriedade”, diz a diretora da Semad. 

Nesta quarta-feira, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Central de Minas Gerais, completa 300 dias. Até o momento, foram confirmadas 254 mortes. Outras 16 pessoas continuam desaparecidas e são alvo de buscas diárias realizadas por miliares do Corpo de Bombeiros desde 25 de janeiro. Nesta primeira manhã do seminário, realizado no Auditório JK, na Cidade Administrativa, na Região de Venda Nova, representantes dos bombeiros e da Defesa Civil se revezaram para falar sobre ações, redução de risco de desastres, e a importância de núcleos de proteção e Defesa Civil nas comunidades próximas a barragens. Amanhã, haverá um painel com o tema “Redução de Riscos de Desastres em Barragens de Mineração na Agenda 2030”. 

“Acho importante a gente fomentar discussões como essas que são propostas aqui no seminário, ter vários fóruns onde se debate a questão dos atendimentos a acidentes ambientais. Nesse momento é que a gente identifica e discute os problemas, as dúvidas, as dificuldades que encontramos em campo e propiciamos uma evolução para melhorar o cenário”, pontua Wanderlene Ferreira Nacif. 

O seminário na Cidade Administrativa será encerrado amanhã com um simulado de emergência ambiental de um acidente envolvendo um veículo transportando material perigoso. A programação completa e o link para inscrições no seminário está disponível no site da Semad. 

 

Fonte: Estado de Minas

Foto: Divulgação/DAF

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