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Obra do Estado transforma a Serra das Três Cruzes

A intervenção do Governo do Estado com obra de infraestrutura em uma estrada de alto risco de acidentes para os usuários e fator limitador para o escoamento da produção e ao desenvolvimento do turismo, está mudando radicalmente as condições de tráfego no trecho da Serra das Três Cruzes, na MS-339, em Bodoquena.

“O nome da serra é devido a um acidente trágico, anos atrás, que matou o noivo e a noiva que celebrariam o casamento. Mas existem muito mais cruzes nesse trecho, já morreu muita gente nessas curvas perigosas”, lembra o frentista Edílson Silva Santos, 39, que cruza com frequência a serra transportando gado e suprimento para as fazendas.

Com recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário), no valor de R$ 5,5 milhões, o Estado executa a pavimentação e drenagem do trecho mais crítico – 1.580 metros -,  distante 3 km da estrada asfaltada que dá acesso a uma indústria de calcário. No entorno da obra, situam-se balneários e grandes fazendas de gado e de lavoura.

Para o prefeito de Bodoquena, Kazu Horii, o investimento do Governo do Estado em seu município vai alavancar a agricultura, que se expande com a soja, e o turismo, além de beneficiar diretamente as 83 famílias do Assentamento Sumatra e o distrito de Morraria do Sol. “É uma obra emblemática para nós, esperada á muito tempo”, afirma.

Vencer a serra, desafio

Os 1.580 metros em pavimentação representam o contorno da Serra das Três Cruzes, cujas condições naturais – íngreme e estreita, com curvas, ribanceira e muita pedra – sempre foram um desafio para os motoristas, que corriam risco de vida constante. Para superar o trecho, em época de chuva, os caminhões tinham quer puxados por tratores.

“Acidentes ocorriam com frequência”, conta o presidente do Sindicato Rural de Miranda e Bodoquena, Massao Ohata. “É uma obra que trará grandes benefícios, além da segurança dos usuários da estrada. O novo acesso vai atender grandes produtores de soja e milho, o turismo e também uma parcela significativa de assentamentos”, acrescenta o dirigente ruralista.

Os mananciais de água cristalina têm atraído muitos empreendimentos no entorno da morraria. A MS-339 é importante via de ligação de dois ecossistemas – Pantanal e Serra da Bodoquena – e chega ao distrito de Morraria do Sul, no limite de Bodoquena com Porto Murtinho (MS-185 e MS-382), região de assentamentos e comunidades indígenas.

Obra exige detonação

Superar a serra foi um desafio também para os engenheiros e operários da obra. Grande parte do trecho exigiu detonação de grandes blocos de pedras e o corte retilíneo da morraria em mais de cinco metros de altura. A pista foi alargada e passa a contar com faixa de escape, suavizando as curvas, com serviços complementares de drenagem de águas pluviais.

A etapa de escavações e detonações está em processo de finalização, segundo a empreiteira contratada. Cerca de 1.300 metros da pista recebeu base de brita e já está sendo utilizada pelos usuários. “Já passei muitos apuros aqui com o caminhão carregado com 17 bezerros”, lembra o caminhoneiro Edílson Santos. “Mas agora, com essa obra, vai acabar um pesadelo pra nossa gente.”

O capataz da fazenda Primavera, Marcos Scarabol, 29, passa pela curva perigosa da serra, onde fica a capela dos noivos mortos, e diz aliviado: “era complicado passar por aqui, em qualquer carro, um descuido e você caia na ribanceira”. Seu pai, Antônio Walter, 61, um dos assentados do Sumatra, agradeceu ao governador Reinaldo Azambuja “por essa obra grandiosa”.

 

Fonte: Portal do MS

Foto: Divulgação/Edemir Rodrigues/Portal do MS

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