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Profissão de motorista está em alta em 2020

A profissão de motorista aparece na décima posição no ranking de funções que estarão em alta em 2020. É o que aponta um levantamento feito pelo LinkedIn, rede social focada em profissões. O estudo, chamado de “Profissões Emergentes”, foi feito a partir de dados de usuários da rede no Brasil.

O levantamento aponta que as atividades ligadas a Internet e tecnologia da informação mantêm o protagonismo no mercado de trabalho. Tanto que as funções de gestor de redes sociais e engenheiro de cibersegurança estão na primeira e segunda posições no ranking. Confira mais abaixo a lista com as 15 primeiras posições.

O aquecimento do mercado de aplicativos para transporte privado de passageiros e entregas em domicílio é responsável por dar destaque à profissão de motorista. Segundo o Linkedin, a demanda por esses profissionais cresceu, em média, 68% nos últimos cinco anos.

Motorista precisa se especializar

O segmento de logística também é responsável pela expansão da atividade de motorista no Brasil. Segundo o Linkedin, para obter sucesso o motorista também precisa conhecer técnicas de negociações e atendimento ao cliente.

Outro requisito desejável é o conhecimento de ferramentas básicas de tecnologia, como o Pacote Office. O ideal é que o motorista domine três competências (serviço ao cliente, técnicas de vendas e de liderança) e duas ferramentas (,Microsoft Word e Microsoft Excel).

Presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Ana Carolina Jarrouge, confirma a busca por motoristas mais qualificados. “A tecnologia embarcada nos caminhões tornou a profissão mais complexa. Além disso, ferramentas foram instaladas nos veículos, como sistemas de rastreamento e de gestão.”

De acordo com ela, essas inovações fizeram com que as empresas começassem a oferecer mais treinamentos aos motoristas. “O que vemos no País é a falta de mão-de-obra qualificada. Quando as transportadoras encontram um motorista habilidoso, ele é preparado para a atividade”.

Com o advento da tecnologia embarcada nos caminhões, os motoristas tiveram de buscar qualificação

Muito mais do que CNH e MOPP

As inovações também afetam os autônomos. Até recentemente, um bom diferencial era ter feito o curso de movimentação operacional de produtos perigosos. Agora, além de estar com o MOPP em dia é cada vez mais importante que o motorista conheça ferramentas de tecnologia. Até porque os aplicativos são, muitas vezes, o meio mais seguro para o caminhoneiro buscar opções de frete.

Nessas plataformas não há atravessadores. O autônomo tem acesso a informações completas sobre a mercadoria que irá transportar, bem como o destino, por exemplo. O caminhoneiro também consegue saber se haverá carga de retorno e quanto irá receber pelo quilômetro rodado.

Pesquisa feita pela  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) indica que o caminhoneiro que não se atualizar estará em risco. De acordo com o estudo, 27 milhões de trabalhadores podem ter suas tarefas assumidas por robôs ou sistemas de inteligência artificial até 2040. Cerca de 60% desses profissionais têm carteira assinada.

O estudo da UFRJ ainda revela que a profissão de motorista de caminhão tem 79% de chances de ser substituída pela automação. Se isso acontecesse hoje, 877 mil caminhoneiros ficariam desempregados no Brasil.

Média de salários

O salário dos motoristas de caminhão no Brasil é de R$ 1.952. Esse é o valor médio pago pelas transportadoras. Por Estado, é em São Paulo que são pagos os melhores salários: em média, R$ 1.988. O piso salarial da categoria no Estado de São Paulo é também superior, na ordem de R$ 1.938,85. No caso dos autônomos, a renda mensal média no País é de R$ 4.600. É o que aponta pesquisa divulgada em 2020 pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Ana Carolina explica que na hora de contratar as empresas costumam fixar o mesmo valor para motoristas com e sem experiência. As diferenças salarias vão surgindo em forma de prêmios pagos por desempenho.

E aí que o profissional mais qualificado sobressai. “O motorista vai ganhar mais se fizer boa média de consumo de combustível. E cuidar bem do equipamento, evitando avarias. E entregar e retirar a mercadoria na hora marcada. Evitar multas e acidentes também são de extrema importância para ser premiado, ” diz a presidente do Setcesp.

Com as premiações, a rotatividade de profissionais diminui. Outro aspecto que contribui para que o profissional pense duas vezes antes de pedir demissão é a crise econômica. Quem sai da empresa encontra cada vez mais dificuldade de se recolocar.

Cursos grátis e a distância

A pesquisa feita pela CNT em 2019 traz outros dados importantes. Revela, por exemplo que 15% dos entrevistados (1.066 caminhoneiros autônomos e empregados), reconhecem que precisam de qualificação. Além disso, 98% utiliza algum tipo de ferramenta de tecnologia, como smartphones.

Uma boa alternativa para quem busca qualificação é o Serviço Social do Transporte (Sest/Senat). Nas cerca de 150 unidades espalhadas pelo Brasil são oferecidos vários cursos gratuitos. Há treinamentos para motoristas profissionais e caminhoneiros que podem ser feitos inclusive a distância.

Outro diferencial importante para o motorista é conhecer profundamente o caminhão. Com isso será possível obter melhores respostas em relação ao consumo. As próprias montadoras costumam fazer a entrega técnica. Além de ser um diferencial de pós-venda para as fabricantes, para os motoristas  é uma ferramenta importante para aprender técnicas de uso do veículo.

As 15 profissões em alta no Brasil em 2020

1. Gestor(a) de mídias sociais
2. Engenheiro(a) de cibersegurança
3. Representante de vendas
4. Especialista em sucesso do cliente
5. Cientista de dados
6. Engenheiro(a) de dados
7. Especialista em Inteligência Artificial
8. Programador(a) de JavaScript
9. Investidor(a) Day Trader
10. Motorista
11. Consultor(a) de investimentos
12. Assistente de mídias sociais
13. Desenvolvedor(a) de plataforma Salesforce
14. Recrutador(a) especialista em Tecnologia da Informação
15. Coach de metodologia Agile

 

Fonte: Estradão

Foto: Divulgação

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